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Como referi num tópico anterior, as principais desvantagens apontadas são :

(1) Elevados custos de produção.
(2) A homogeneidade das plantas pode torná-las mais sensíveis a doenças.
(3) Perda da biodiversidade.


A primeira desvantagem já foi abordada e pode ser minimizada.
A segunda desvantagem, com as possíveis modificações genéticas (ex. plantas BT) talvez seja um modo de evitar a contaminação por pragas.

No entanto, a maior polémica gera-se na terceira desvantagem. Sabemos que ao criar colheitas provenientes de frutas e plantas com a mesma informação genética, estaremos a dar um passo na extinção das variedades dessa mesma espécie.
Sobre os perigos da redução da biodiversidade das plantas, os especialistas dão «ênfase para as unidades de propagação in vitro – na verdade micropropagação vegetal a partir de pedacinhos minúsculos de tecidos, que requerem espaço mínimo nas prateleiras dos laboratórios (...). Não é de hoje que ambientalistas e cientistas contabilizam a perda anual de espécies animais, vegetais, fungos e bactérias, nos alertando para o prejuízo que tal redução representa para esta e para as futuras gerações.»


O Eng Agrónomo Barbosa afirma acerca da protecção de reservas ecológicas onde exista uma grande variedade de flora, «que somente tais métodos de conservação dos recursos da diversidade biológica não são capazes de evitar o crescente perigo de extinção de espécies e, sobretudo, a perda da variabilidade genética. Assim sendo, faz-se mister que novas formas de conservação desses recursos sejam incorporadas aquelas já em uso, com a finalidade de diminuir, ao máximo, essas perdas irreversíveis. É preciso, com urgência, conservar tais recursos fora do local de ocorrência, ou seja, ex situ. Nesse caso, podem ser mantidos indivíduos, sementes, embriões ou outras estruturas vegetais, animais ou de microrganismos, sob diferentes condições, dependendo do material utilizado no campo, em casas de vegetação, em câmaras secas sob baixa temperatura, em meio de cultura com baixa concentração salina (conservação in vitro), criopreservação ou banco genômico. O importante é que esse material conservado possa ser reproduzido também por técnicas biotecnológicas, e/ou convencionais.»

De acordo com esta opinião, actualmente existem organizações que estão a efectuar a preservação de sementes. Ver o video:



Será uma forma de minimizar ? Será uma solução?


Partilho convosco uma intervenção num website de agronomia:
demonstra que talvez esteja a ser dada pouca importância a esta desvantagem da perda de biodiversidade genética.


Mónica Mogne

Category: | 2 Comments

2 comments to “As desvantagens”

  1. Tenho algumas dúvidas quanto a este técnica.
    Com as técnicas de clonagem induzida sempre foi possível «clonar» uma boa espécie.

    Qualquer dia estamos reduzidos a uma variedade de cada espécie!!!
    Concordo com o que diz o engenheiro Carlos Alberto, andamos a «afunilar» as variedades genéticas e por outro lado criamos outras com os organ. geneticamente modificados. Estamos a anular a variação genética natural, e isso não me parece positivo.

    Em relação às vantagens, com os elevados custos de produção não me parece que seja fácil de usar a técnica na resolução de problemas.

    Mónica, o teu blog está bastante interessante. Continua o excelente trabalho.

    Carlos Manuel

  1. Parece-me que a micropropagação tem mais vantagens…se bem que as desvantagens são de ter bem presente e devem-se minimizar através do avanço da tecnologia e conhecimento científico, bem como do estabelecimento de regras/legislação que introduzam algum controlo…No que respeita a perda da biodiversidade e a sensibilidade das plantas a doenças, desde que esta técnica não “substitua” os processos naturais, a sua utilização pode trazer grandes benefícios aos ecossistemas e à sua manutenção.
    Em concomitância com a informação postada, também em Portugal existe o Banco Português de Germoplasma Vegetal (situado em Braga) com uma função importante a esse nível: a colheita, conservação, documentação e valorização dos recursos genéticos vegetais, assegurando a diversidade biológica e a produção agrícola sustentável actual e futura. O vídeo que apresentas sobre uma palestra apresentada pelo Professor Jonathan Drori é bastante interessante e desperta a para a necessidade de preservação da flora.