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Este é o campo onde a clonagem parece ter um impacto «mais positivo». No entanto, não deixam de existir questões éticas implicadas. Agora que já ocorreu a adaptabilidade dos ecossistemas face à extinção de certas espécies, será correcto sujeitar os animais a possíveis «tentativas falhadas» ?

Segundo o pesquisador Lawrence Smith existem três motivos para a clonagem animal :
«Primeiro, para reproduzir exemplares de alta qualidade comprovada, principalmente no setor pecuário. Essa é a clonagem mais comum e também a mais barata. Cada animal clonado, da repartição celular ao bicho vivo, custa de 30.000 a 50.000 dólares. Segundo, para produzir clones transgênicos, que tenham algumas características reforçadas, ou modificadas, de acordo com o interesse do pesquisador. A terceira aplicação da clonagem, mas ainda pouco desenvolvida, é a recuperação de espécies em extinção, ou já extintas, como o mamute, aquele ancestral do elefante que conviveu com o Homo sapiens até o fim da Idade do Gelo, quando sua população foi dizimada. É, de longe, a técnica mais complexa. Os poucos exemplares que resistiram encravados em geleiras sem se decompor totalmente têm o material genético muito danificado pelo tempo. A técnica de clonar espécies extintas foi exposta de maneira razoavelmente correta no filme Parque dos Dinossauros, de Steven Spielberg. Nele é mostrado que seqüências do DNA de animais extintos que não puderam ser conservadas são substituídas por material genético retirado de animais modernos com algum grau de parentesco com aquele que se quer fazer reviver.»
Contudo, outras fontes informam que « Clonar um animal extinto é um projeto que exige muita dedicação, pois pode levar mais de vinte anos e tem apenas de 5% a 10% de chance de dar certo.».


Com a clonagem de animais extintos levantamos outra problemática :
No entanto, será aberto um novo problema! Como será a introdução desses animais nos ecossistemas? Se a sua extinção ocorreu à milhares de anos por algum motivo ambiental, estaremos a contrariar a «selecção natural». Contrariar a natureza pode significar um problema ecológico! Como afirma Elisa França, não seria benéfico «ilacinos atacando ovelhas, mamutes morrendo de calor e dodôs sem tecto».
Pode ser um problema complexo para a biodiversiade e para os ecossistemas.

Fontes:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2001/011001_clone.shtml
http://super.abril.com.br/mundo-animal/trouxessemos-volta-animais-extintos-443484.shtml

Category: | 3 Comments

3 comments to “A Clonagem de animais extintos”

  1. Olá,

    Mónica decidi aceitar o teu convite e comentar no teu blog.
    Queria felicitar-te pelo trabalho. Normalmente falamos tanto em clonagem humana, que deixamos de pensar na clonagem animal ou vegetal. Descobri coisas interessantes ao ler o teu blog e também neste campo existem tantas polémicas...

    Acho esta questão verdadeiramente polémica, se por um lado considero que aproveitar a clonagem para obter produtos da mais alta qualidade não seria má ideia, por outro lado o sofrimento animal também não me agrada.

    Mas se falarmos em sofrimento animal, também podíamos pensar no que sofrem os animais actualmente nos aviários e locais semelhantes.

    Sinceramente, é difícil tomar uma decisão. Talvez recuse a ideia, porque não existem certezas concretas sobre a qualidade e segurança alimentar. Em princípio estes produtos têm mais segurança e controlo do que qualquer outro ... mas sinceramente não sei se confio!

    Vou continuar a visitar o teu blog.
    Anabela T.

  1. Anabela,

    acho que te estavas a referir ao post da carne clonada.

    Não faz mal eu vou fazer copy para o post correcto.
    Obrigada pela tua participação!

    Mónica

  1. Boa noite,

    se o fizermos para colocar esses animais extintos à milhares de anos em cativeiro, simplesmente para nosso prazer, acho péssimo!
    Nos animais recentemente em vias de extinção por culpa do homam , então talvez seja possível a sua introdução em habitat's naturais. No entanto, se forem animais mais debilitados também não sei se será uma opção correcta.
    Sei que a biogenética só poderá evoluir ao fim de muitos estudos, mas não considero ético sujeitar os animais a experiências falhadas.

    Eduardo