Mais cedo ou mais tarde seria de esperar que esta questão fosse levantada.
Na Coreia do Sul, foi clonado o primeiro cão «por encomenda» no mundo.
Diz a notícia, que « Booger, um pit-bull terrier, foi "criado" em laboratório a pedido da ex-miss beleza norte-americana Bernann McKinney».
Nos EUA, apenas a empresa Genetic Savings and Clone realizava a clonagem de gatos por US$ 50 mil “a cópia”.«A clonagem seria feita através da uma retirada de DNA do estômago do animal vivo ou imediatamente após sua morte.»
A empresa BioArts tem actualmente um projecto nomeado de «Best Friends Again» para produzir clones de vários animais de estimação. Para iniciar a actividade comercial, foi feito um leilão, os vencedores foram o casal Otto. O seu cão foi clonado por aproximadamente 127 mil euros e foi o primeiro cão clonado nos EUA!
Este é sem dúvida uma compra apenas para alguns!!!
Questões éticas :
- Estará a clonagem a ser encara como uma forma de enganar a morte? Ter um animal clonado, não significa ter o mesmo animal de volta, mas sim um indivíduo genéticamente igual. O original é único!
- Os animais clonados são susceptíveis a mais doenças, assim como a envelhecimento precoce.
Pode ser considerado um abuso da ciência e dos animais, uma vez que o único previligiado é o Homem?
Para reflectir ...
Com tantos animais abandonados que precisam de ser «adoptados», esta medida pode aumentar a problemática?
Estamos a contribuir para uma redução da variedade genética animal? Como sabemos, muitas raças vão surgindo devido ao cruzamento de espécies já existentes. Com esta técnica vai aumentar a representatividade das espécies preferidas do Homem e uma diminuição das espécies menos frequentes. Que impacto poderá ter na natureza?
Fontes :
http://bordadoingles.blogspot.com/2008/08/clonar-animais-de-estimao-comprar-gato.html
http://www.revista.inf.br/veterinaria04/revisao/revisao05.pdf
http://ingridajala.files.wordpress.com/2008/07/animais.jpg
Então qualquer dia só nos restam cópias dos animais de estimação de hoje?
Provavelmente qualquer dono muito apaixonado pelo seu animal iria ceder. Isso não me parece éticamente correcto. Não seria bom para a variabilidade genética, além desses «novos animais» poderem ter menos saúde.
Catarina Pontes